Quando um filhote chega em casa, tudo é novidade: as brincadeiras, a alimentação, os passeios… mas existe uma dúvida que surge logo nos primeiros dias: com quantos meses pode vacinar o cachorro? Essa é uma pergunta fundamental, porque a vacinação é a principal forma de garantir que seu cão cresça saudável e protegido contra doenças graves.
E como muitos tutores não sabem exatamente quando começar ou quais vacinas aplicar, preparamos este artigo completo. Aqui você vai entender a idade ideal para iniciar a vacinação, quais são as vacinas obrigatórias e opcionais, e como montar um calendário vacinal eficiente para o seu amigo de quatro patas. Então, continue a leitura porque sua atenção agora pode salvar a vida do seu pet no futuro.
Por que vacinar é tão importante?
Vacinar um cachorro vai muito além de uma exigência de clínicas veterinárias ou prefeituras. É um ato de amor e responsabilidade. As vacinas previnem doenças como parvovirose, cinomose, leptospirose e raiva, que podem ser fatais. E o mais importante: muitas dessas doenças são transmitidas por outros cães, fezes contaminadas, água suja ou até mesmo pelo ar.
Então, quando você vacina seu pet, está protegendo não apenas ele, mas também outros animais e até as pessoas com quem ele convive, pois algumas doenças são zoonoses, ou seja, transmissíveis para humanos.
Afinal, com quantos meses pode vacinar o cachorro?
O protocolo vacinal geralmente começa quando o filhote completa entre 6 a 8 semanas de vida, ou seja, por volta de 1 mês e meio a 2 meses. Então, a resposta mais comum para a pergunta com quantos meses pode vacinar o cachorro? é: a partir de 1 mês e meio. Mas atenção! Isso depende do estado de saúde do animal e se ele já recebeu leite materno nos primeiros dias de vida, pois a amamentação influencia diretamente na imunidade inicial.
O calendário básico de vacinação para cães filhotes inclui:
- 1ª dose da V8 ou V10: entre 6 e 8 semanas (1 mês e meio a 2 meses)
- 2ª dose da V8 ou V10: 3 a 4 semanas após a primeira
- 3ª dose da V8 ou V10: 3 a 4 semanas após a segunda
- Vacina da Raiva: a partir dos 4 meses
Após essas vacinas iniciais, o ideal é reforçar as doses anualmente. Além disso, existem outras vacinas que podem ser indicadas dependendo da rotina e localização do cão, como a contra gripe canina (tosse dos canis) e giardíase.
Casos reais mostram a importância de vacinar na idade certa
Na clínica onde atendo, um caso recente ilustrou bem a gravidade da negligência com vacinas. Um filhote de Labrador, com apenas três meses, chegou com vômitos, diarreia intensa e febre. O diagnóstico? Parvovirose. Infelizmente, ele não havia iniciado o protocolo vacinal. Apesar de todos os esforços da equipe, o filhote não resistiu. E o pior: a doença poderia ter sido evitada com a aplicação da primeira dose da V10 aos 45 dias de vida.
Infelizmente, esse tipo de história ainda é comum no Brasil. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde Animal, apenas 44% dos cães no país seguem corretamente o calendário de vacinação, o que torna o ambiente urbano um risco constante.
Relação entre vacinas e raças: alguns cuidados extras
Certas raças podem ter maior sensibilidade a vacinas ou necessidade de atenção extra no protocolo vacinal. Raças como Golden Retriever, Rottweiler e Pit Bull, por exemplo, podem apresentar resposta imunológica mais lenta à vacina contra parvovirose. Isso significa que, mesmo com a vacinação em dia, podem desenvolver a doença se expostos precocemente.
Já raças braquicefálicas, como o Bulldog Francês e o Pug, devem ser vacinadas com cuidado, em ambientes arejados e com monitoramento pós-vacina, porque podem apresentar reações respiratórias leves ou até alérgicas. Isso não significa que não devem ser vacinadas – pelo contrário, o cuidado deve ser redobrado, mas sempre com orientação de um médico veterinário.
Vacinação e saúde pública: o papel do tutor responsável
Mais do que proteger o próprio pet, a vacinação ajuda a conter surtos de doenças. No Brasil, por exemplo, a vacina antirrábica é obrigatória e gratuita em campanhas realizadas anualmente pelas prefeituras. Mesmo assim, muitos tutores ignoram essa oportunidade.
Em cidades como Belo Horizonte e Curitiba, surtos de leptospirose em 2024 reforçaram a necessidade da vacinação em massa. Essa doença, transmitida pela urina de ratos, afeta tanto cães quanto humanos, e pode ser fatal. Então, manter o cartão de vacinação do seu cachorro em dia é um ato de cidadania e prevenção coletiva.
Dúvidas comuns sobre vacinação de filhotes
- Filhote resgatado da rua pode vacinar? Sim! Mas o veterinário deverá avaliar o estado clínico e, se necessário, iniciar o protocolo vacinal mesmo que o animal esteja debilitado.
- E se eu não souber a idade exata do meu cachorro? Um veterinário pode estimar a idade pelo exame dentário e iniciar a vacinação com base nessa estimativa.
- Vacinas importadas são melhores que as nacionais? Ambas podem ser eficazes, desde que registradas no Ministério da Agricultura. A escolha vai depender do perfil do animal e da orientação do profissional.
Conclusão: a vacina é o primeiro passo para uma vida longa e saudável
Agora que você já sabe com quantos meses pode vacinar o cachorro?, é hora de agir. Não espere seu filhote crescer para começar os cuidados com a saúde. A vacinação é uma das formas mais simples e acessíveis de garantir que ele tenha uma vida longa, feliz e livre de doenças.
Então, marque uma consulta com o veterinário de sua confiança, monte o calendário de vacinas e mantenha o cartão vacinal sempre atualizado. Seu pet vai agradecer com muitos anos de companhia leal e saudável.